Há quem diga que Portugal, nos últimos 10/15 anos, devido à (má) utilização dos subsídios europeus, tem vivido um estado artificial, não correspondente à nossa realidade, o que inevitavelmente nos trará reflexos negativos para o futuro.
Há, no entanto, quem, refutando essa posição negativista, afirme que, com a política de aplicação de subsídios, o nosso País deu um grande passo em frente, no sentido de se colocar no pelotão da frente da Europa e do mundo.
Quem tem razão? A nossa posição guardamo-la para outra ocasião! Recorrendo ao dito popular “ Ninguém dá nada a ninguém” sabemos que o dinheiro da Europa também é nosso, logo deve ser usado com algum cuidado.
Pese a boa ou má utilização que os fundos comunitários tiveram entre nós, instalou-se o preconceito de que qualquer actividade que inove, ou recrie, é uma descarada caça ao subsídio.
Esta introdução vem a propósito de questões que frequentemente são colocadas aos membros da Associação de Criadores do Cão do Barrocal Algarvio no sentido de saber quanto recebemos pela recuperação do nosso Cão. E a resposta é: nada. Pelo contrário, todo este processo nos tem levado muitos milhares de euros, em cuidados e alimentação e tudo o que envolve a criação de cães. E, como não comercializamos, nem um cêntimo entrou.
O que nos move, então? O amor a este cão de quem conhecemos as características e as muitas capacidades! E o desejo de que no futuro se constitua como mais uma raça portuguesa!
A propósito e com muita sinceridade, aguardamos uma palavra de incentivo das entidades oficiais nacionais e sobretudo das regionais. Infelizmente esse incentivo ainda não chegou. Afinal, estamos a recuperar parte do nosso património cultural! Nunca é tarde..
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